Se pudesse dominar o mundo, o homem o faria. Se pudesse apropriar-se de todas as criaturas, assim o faria. Sente uma sede insaciável de estima popular. Com frequência, sua vida é competição para ver quem logra maior supremacia. O pecado é apenas um: pretender ser “deus”.
Tudo que ameace ofuscar seu brilho constitui um inimigo e, em seu coração, dá lugar à inimizade para desencadear uma guerra, com o fim de anular qualquer competidor.
Quanto mais tem, crê ser mais livre, quando na realidade é mais escravo. Quanto mais propriedades possui, crê ser mais “senhor”, quando na verdade está mais atado que nunca, mais dependente é. Por seu insaciável desejo de ser o primeiro, castiga a si mesmo com invejas, rivalidades, sonhos impossíveis, manobras para lograr hegemonias que, em definitivo, o transformam em uma pobre vítima. Vive preocupado com a conquista de prestígio pessoal e, quando o consegue, vive morto de medo de perdê-lo.
Em resumo, o homem é escravo de si mesmo e de suas apropriações, e a escravidão consiste na idolatria ou egolatria. A solução de seu problema está em desalojar o “deus-eu” e substitui-lo pelo Deus Verdadeiro. - Ignacio Larrañaga, Transfiguração 2012, pp. 71-72.
O meu olhar. O olhar do outro. O olhar profano. E o místico. Feminino e masculino. Olhares apaixonados. Outros, razão pura. Todos, restritos. Poucos se aproximam do Infinito. São nossos olhares, distintos olhares sobre o mesmo Universo. Porque "agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido" (1Cor 13, 12).
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