Em algum lugar do planeta Terra…
Amanhece o dia do Senhor. Para todos.
Terráqueos despertam de sonhos vãos e são obrigados a viver, obedientes aos desígnios do Universo.
O destino os espreita.
Aguardam-nos hábitos cotidianos, os lugares e os outros.
De afazeres se ocupam na tentativa de esquecer a presença constante da morte.
Aos prazeres se entregam acreditando serem livres, mas amam e odeiam sob o jugo dos deuses.
Na incerteza se este será o último dia de espera, copulam desejando a imortalidade.
Invadem espaços na tentativa de encontrar o além sem se dar conta de que o ponto de partida é o mesmo de chegada. Vão e voltam, num moto-contínuo.
Anoitece. Para todos.
Fatigados pela repetição secular do existir, adormecem.
Crentes, ingênuas criaturas, de ter, amanhã, mais uma chance de descobrir o que são. - LIC, jan. 2000.
O meu olhar. O olhar do outro. O olhar profano. E o místico. Feminino e masculino. Olhares apaixonados. Outros, razão pura. Todos, restritos. Poucos se aproximam do Infinito. São nossos olhares, distintos olhares sobre o mesmo Universo. Porque "agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido" (1Cor 13, 12).
Adorei! bjos
ResponderExcluirPat, obrigada por sua apreciação. Bj
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