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Seja Bem-Vindo(a)!

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Quem, como, onde?

   Quem é Deus? Como é? Onde está? Suas reações e sentimentos são iguais aos dos homens? Definitivamente, quem é Deus? Ordem? Justiça? Força? Cavalgando os séculos, na longa peregrinação da fé, Deus foi se desvelando lentamente de mil formas, mas, em todo caso, de maneira fragmentária, através de acontecimentos, prodígios de salvação, revelações inesperadas, até que, chegada a plenitude dos tempos, tivemos a certeza total: Deus é Amor. - Ignacio Larrañaga, Salmos para a Vida 2013, p. 131.


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Alienação e realidade II

   Grandes multidões acercam-se dos santuários marianos com um fundo de bom sentimento e de interesse pessoal. Querem conseguir alguma coisa, ou agradecer um favor. Às vezes, temos a impressão de estar assistindo a uma operação de compra e venda. É o caso de tantos fiéis que chegam fazendo sacrifícios comovedores, como viajar a pé, entrar de joelhos, acender velas: contra sua aparência devota, escondem-se boas doses de interesse pessoal. Cumpre-se o que diziam os romanos: do ut des, “dou para que me dês”. Daí se origina, por exemplo, a expressão “pagar promessas”. O verbo pagar indica claramente o conceito de compra e venda.
   Trata-se hoje da saúde da mãe, amanhã, do ingresso do filho mais velho na universidade, depois de amanhã, de arranjar um bom marido para a filha, no outro dia, de um conflito matrimonial, familiar ou com a vizinhança. No fundo, buscam-se a si mesmos, não buscam amar. Raríssimas vezes, os fiéis pedem outro tipo de valores, como a fé, a humildade, a fortaleza... - Ignacio Larrañaga, O Silêncio de Maria 2012, p. 184.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Alienação e realidade I

   Muitos procuram imagens e quadros apenas para tocar e beijar, em vez de buscar sinais que despertem a fé e conduzam ao amor. - Ignacio Larrañaga, O Silêncio de Maria 2012, p. 184.

domingo, 23 de agosto de 2015

   A fé não é sentir, mas saber; não é evidência, mas certeza; não é emoção, mas convicção.
   Crer é entregar-se. - Ignacio Larrañaga, Oficinas de Oração e Vida

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O 1º Mandamento

   E o jovem Jesus chegou à convicção definitiva de que o 1º Mandamento havia caído para sempre. De agora em diante, não consistirá em: “Amar a Deus”, senão em: “Deixar-se amar por Deus”. Foi um mundo novo, de surpresa e de êxtase, mundo de alegria e fascinação, mundo descoberto e vivido por este jovem normal e diferente, e que se pode resumir nisto: tudo é Amor!
   Jesus se sentiu vivamente amado e, por isto, completamente liberto de temor. Porque onde há amor não há temor.
   Só os amados amam, os amados amam sempre, os amados não podem deixar de amar. - Ignacio Larrañaga, Oficinas de Oração e Vida


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Ele é assim

   Olho por olho e dente por dente! Pecaste e tens que pagar!
   De que montanha selvagem tiraram este Deus vingativo, cruel e sanguinário?
   "Tirem a prova", diz Jesus Cristo, "disparem contra o Pai blasfêmias e flechas envenenadas e em troca receberão um sol de ouro". Palavras de Jesus Cristo!
   Em lugar de castigar, devolve o mal com o bem. Ele é assim! - Ignacio Larrañaga, Oficinas de Oração e Vida

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A noite escura

   O mistério profundo da fé está justamente nestas duas expressões antitéticas que percorrem, alternam e dominam o cântico: como eu sei bem (certeza), mesmo que seja noite (escuridão).
   Mesmo que o tédio visite velhos e jovens, e o ódio se aninhe nos corações, mesmo que quebrem a cabeça tramando vingança, mesmo que as flores acabem no lixo e os sinos toquem a finados, e o suicídio seja a única saída para alguns, e a fatalidade, a crueldade e a deslealdade pareçam as únicas rainhas do mundo...
   Como eu sei bem que o Amor governa o mundo e que, se meu Deus é todo-poderoso, também é, e acima de tudo, um Pai todo-carinhoso que cuida de nós com a ternura de uma mãe. - Ignacio Larrañaga, Mostra-me o Teu Rosto 2011, pp. 113-114.


terça-feira, 18 de agosto de 2015

Ação e intenção

   No final, o que é decisivo não é a ação, mas a intenção. Se a intenção é reta, a ação é pura. Se a intenção estiver enfocada no centro do "eu", automaticamente a ação fica corrompida, e fica corrompida na medida em que for realizada em proveito próprio, vaidade e satisfação. - Ignacio Larrañaga, A Rosa e o Fogo 2012, p. 22.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A viagem de balão

   Como demonstram os sonhos, como demonstram os anjos, voar é um dos anseios elementares do homem. A levitação não me foi deparada ainda e não há razão para supor que eu venha a conhecê-la antes de morrer.
   O avião certamente não nos oferece nada parecido ao voo. O fato de sentir-se preso em um ordenado recinto de cristal e de ferro não se assemelha ao voo dos pássaros nem ao voo dos anjos. Os vaticínios aterrorizantes do pessoal de bordo, com sua ominosa enumeração de máscaras de oxigênio, de cintos de segurança, de portas laterais de saída e de impossíveis acrobacias aéreas, não são, nem podem ser, auspiciosos. As nuvens cobrem e escamoteiam os continentes e os mares. Os trajetos raiam o tédio.
   O balão, ao contrário, depara-nos a convicção do voo, a agitação do vento amistoso, a proximidade dos pássaros. Toda palavra pressupõe uma experiência compartilhada. Se alguém nunca viu o vermelho, é inútil que eu o compare com a sangrenta lua de São João, o Teólogo, ou com a ira; se alguém ignora a peculiar felicidade de um passeio de balão, é difícil que eu consiga explicá-la. Acabo de pronunciar a palavra “felicidade”; creio que é a mais adequada.
   Na Califórnia, faz uns trinta dias, María Kodama e eu fomos até um modesto escritório perdido no vale de Napa. Seriam quatro ou cinco horas da manhã; sabíamos que estava prestes a surgir a primeira claridade do amanhecer. Um caminhão levou-nos até um local mais distante ainda, rebocando a barquinha. Chegamos a um ponto da planície que podia ser qualquer outro.

   Descarregaram a barquinha, que era um cesto retangular de madeira e vime, e com muito empenho extraíram o grande balão de uma mala, desdobraram-no sobre a terra, separaram o tecido de náilon com ventiladores, e o balão, cuja forma era a de uma pêra invertida como nas ilustrações das enciclopédias de nossa infância, cresceu sem pressa até atingir a altura de uma casa de vários andares. Não havia nem porta lateral nem escada; tiveram de erguer-me sobre a borda.
   Éramos cinco passageiros e o piloto, que periodicamente enchia de gás o grande balão côncavo. De pé, apoiamos as mãos na borda da barquinha. Clareava o dia; a nossos pés, a uma altura angelical ou de altos pássaros, abriam-se os vinhedos e os campos.
   O espaço era aberto, o ocioso vento que nos levava como se fosse um lento rio acariciava-nos a fronte, a nuca ou a face. Todos sentimos, acho, uma felicidade quase física. Escrevo “quase” porque não há felicidade ou dor que sejam tão-só físicas, sempre intervêm o passado, as circunstâncias, o assombro e outros fatos da consciência.
   O passeio, que duraria uma hora e meia, era também uma viagem por aquele paraíso perdido que constitui o século XIX. Viajar no balão imaginado por Montgolfier era também voltar às páginas de Poe, de Júlio Verne e de Wells. Recordemos que seus selenitas, que habitam o interior da lua, viajavam de uma galeria para outra em balões semelhantes ao nosso e desconheciam a vertigem. - Jorge Luis Borges, Obras Completas, v. III 1975-1985, pp. 469-470.

domingo, 16 de agosto de 2015

Deus não está no barulho

   Ou mais exatamente: é impossível encontrar Deus no barulho. Este barulho pode ser externo; não tem importância. Qualquer um pode ter um grande momento com Deus na agitação de um aeroporto ou no burburinho da rua. Mas o barulho interior põe o silêncio em xeque.
   [...] o barulho interior é o que impede o silêncio. - Ignacio Larrañaga, Mostra-me o Teu Rosto 2011, pp. 188-189.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

"Entrem no Banquete!"

   Venha aprender a estabelecer um trato pessoal de amizade com "um Deus em cuja memória não se registram falhas dos povos e em cujo dicionário não se encontra a palavra castigo". - Ignacio Larrañaga.

OFICINAS DE ORAÇÃO E VIDA (TOV)
Um método ordenado, progressivo e prático para aprender a falar com Deus (orar).

Início: dia 07 de março de 2016, à tarde, às 14h30, e, à noite, às 20h.
Local: salão paroquial da Igreja Nª Senhora do Carmo da Aclimação, rua Braz Cubas nº 163, Aclimação, São Paulo (SP).
Obs.: Não precisa fazer inscrição.

sábado, 1 de agosto de 2015

Guernica

“O mundo está em fogo [...]. Vivemos em tempos em que não podemos falar com Deus sobre negócios de pouca importância [...]”.  – Teresa d’Ávila, Caminho da Perfeição 1/5.

“Está se ardiendo el mundo [...]. No es tiempo de tratar con Dios negocios de poca importancia […]”. – Santa Teresa de Jesús, Camino de Perfección 1/5.

Pablo PICASSO | Guernica | 1937