A tentação do ser humano – hoje, mais do que nunca – é a superficialidade, isto é, viver à superfície de si mesmo. Em vez de enfrentar o próprio mistério, muitos preferem fechar os olhos, apertar o passo, fugir de si mesmos e buscar refúgio em pessoas, instituições e diversões. [...]
Nunca foram tão vigorosos como hoje os três inimigos da interioridade: a distração, a diversão e a dispersão. A produção industrial, a pirotecnia da televisão, a vertigem da velocidade, são um atentado permanente contra a interioridade. [...]
Existe tão pouco amor porque as pessoas vivem na superfície, tanto na fraternidade como no casamento. A medida da entrada em nosso mistério será a medida de nossa abertura aos irmãos.
Nossa crise profunda é a crise de evasão. Fugindo de nós mesmos, vivemos fugindo também dos irmãos. É preciso que o irmão comece a ser pessoa, isto é, comece enfrentando e aceitando seu próprio mistério. - Ignacio Larrañaga, Suba Comigo 2011, p. 14-15
O meu olhar. O olhar do outro. O olhar profano. E o místico. Feminino e masculino. Olhares apaixonados. Outros, razão pura. Todos, restritos. Poucos se aproximam do Infinito. São nossos olhares, distintos olhares sobre o mesmo Universo. Porque "agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido" (1Cor 13, 12).
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