O gatilho foi acionado por uma mensagem via WhatsApp.
Já tinha a intenção de escrever sobre o orgulho.
Há tempo, venho colhendo informação com quem entende do assunto - Agostinho de Hipona, Gregório Magno, Tomás de Aquino, Tereza d'Ávila, Ignacio Larrañaga e tantos outros....
Antes desses sábios, em priscas eras anteriores a Cristo, os gregos personificaram o orgulho, a soberba, na lendária rainha Niobe.
Niobe, orgulhosa por ter fecundado 7 filhos e 7 filhas, declarou que era superior à deusa Leto, que tivera apenas um filho e uma filha (Apolo e Ártemis).
Não cabe aqui e agora entrarmos no mérito da razão de seu orgulho.
Vale lembrar que os mitos remontam aos primórdios da civilização e o mito de Niobe, como todos os mitos, cuida de explicar os problemas existenciais que nos afligem, pobres mortais.
Li, reli, refleti, meditei e a constatação de que o orgulho é parte da condição humana, me aliviou - não estou sozinha nessa história.
É da nossa humanidade o apetite desordenado da própria excelência, o desejo de se elevar acima do outro, o amor-próprio exacerbado.
Estimulado pelas redes sociais, o orgulho é uma moeda em alta. O ser humano está enfeitiçado por si mesmo.
Como nosso mundo é dual - só existe sombra porque há luz - fui procurar o que se opõe ao orgulho.
Todos que citei acima concordam que o reverso é a humildade, uma moeda desvalorizada e fora de circulação hoje em dia.
Porque, como disse Teresa d'Ávila, "somos mais amigos de prazeres que de cruzes".
LIC, 4 maio 2024
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