"Começaram a ficar tristes e a dizer-lhe, um após outro: "Acaso sou eu?'."
Quando li esse trecho que está em Marcos 14:19, lembrei da expressão "vestir a carapuça".
"Vestir a carapuça" significa assumir a culpa de algo ou considerar que está sendo acusado de alguma coisa.
A carapuça é uma espécie de gorro com formato de cone que era usado principalmente por pessoas condenadas em julgamentos no período da Inquisição.
Voltando ao texto... Essa pergunta dos Doze foi a resposta que deram ao que Jesus afirmara: "Em verdade vos digo, um de vós que come comigo há de me entregar".
Comecei a refletir a respeito. Não se lê um texto bíblico como se lê uma receita de bolo. É preciso fazer perguntas cada vez mais profundas.
Nós sabemos quem foi que entregou Jesus. Eles não sabiam e cada um se sentiu capaz de uma traição. Então, cada um dos Doze "vestiu a carapuça".
Por que se até então não tinham feito nada contra o Mestre?
Daí lembrei da confissão sincera de Paulo: "Não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero, esse faço".
Acredito que essa é a frágil condição humana: nossa consciência é capaz de descuidos. Prometemos muito, cumprimos pouco.
Todos nós bem sabemos qual foi o episódio seguinte... "Disse-lhe Jesus: 'Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás'."
"Disse-lhe Pedro: 'Ainda que me seja mister morrer contigo, não te negarei'. E todos os discípulos disseram o mesmo."
LIC
Por mais textos como este. Guardarei essa lição com intuito de não fazer menos do que podemos realizar. Aplausos para autor do texto.
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