Ontem, almocei num restaurante por quilo perto de casa.
Comi duas coxas de frango com batatas assadas, um tanto de alface crespa, rabanete fatiado e cenoura ralada.
Minha nutricionista quantificaria como uma refeição frugal, sóbria, simples, e qualificaria como balanceada - proteína animal, carboidrato, verdura e legume.
Não costumo comer sobremesa: nem fruta nem doce.
Mas... um pudim coberto com coco ralado me atraiu. Eu amo coco e tudo feito com coco!
O prazer sugeriu uma fatia pequena sem que a necessidade pedisse.
Tanto foi o prazer que, a cada bocada, eu suspirava num gozo degustativo.
Fui saboreando lentamente para que não acabasse nunca, já insatisfeita com a quantidade.
Ah, a eterna insatisfação com a quantidade... seja lá do que for.
Diante do prato vazio, com somente uns farelos do coco ralado, imediatamente pensei em repetir.
"Só mais um pedaço", disse a mim mesma, e ouvi, prontamente, um "Não!".
Era meu médico gritando no meu ouvido "Evite açúcar!".
"Então, só mais um pedacinho", argumentei.
E, tão prontamente quanto aquela primeira voz, ouvi Agostinho (o bispo) sussurrando "Não há quem, por vezes, não tenha comido mais do que exige a necessidade".
Que consolo!
Meu estômago estava dominado pelo descontrole, mas justificado por um santo homem.
Desta vez, fatiei generosamente.
Dizem que devemos esquecer o passado.
Tentei, mas tinha pudim de coco ralado lá no Quilão novamente hoje.
Se pequei, Senhor, tenho ótimas desculpas.
LIC, 30 abril 2024
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