A verdade, no fundo, é outra, e oposta: quanto mais propriedades tem, mais atado está, menos livre é, menos “senhor”, porque cada propriedade que se sente ameaçada reclamará com o proprietário, gritando-lhe: “defenda-me!”. O proprietário se perturbará e a perturbação é um conjunto de energias defensivo-agressivas liberadas para a defesa das propriedades ameaçadas.
É evidente que quando aqui falamos de propriedades, estamos falando de apropriação, nos referimos ao fato de tornar “meu”, “para mim” qualquer bem.
Portanto, um homem, quanto mais propriedades possui, mais ameaçado vai se sentir e, por conseguinte, mais agressivo, mais temeroso, menos livre, menos “senhor”. - Ignacio Larrañaga, Transfiguração 2012, pp. 86-87.
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