quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Gostar é amar?

   Dizem os amadores: “Encanta-me sua voz”; “cativa-me seu sorriso”; “fascina-me sua aparência”.
   Porém, isso não é amor. O amor se estende e abarca a integridade da pessoa.
   Muitos identificam amar com gostar, porém não há relação um com o outro. Dizem: gosto de sua cintura, do ritmo de seu andar, do tom de sua voz. Pode nascer o amor sem que o cative nenhuma área anatômica concreta, nenhuma parte determinada da personalidade.
   O amor nasce de um momento em que o ser humano se esquece de si; é deslumbrado, “tirado” de si mesmo e cativado por outro tudo. Cresce com desejos de dar-se e se consuma no esquecimento total do prazer recíproco. - Ignacio Larrañaga, O Casamento Feliz 2001, p. 46.

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