O amor-próprio é cego e suicida: prefere a satisfação da vingança ao alívio do perdão. Mas loucura é odiar: é como armazenar veneno nas próprias entranhas. O rancoroso vive uma eterna agonia.
Não existe no mundo nenhuma fruta mais saborosa do que a sensação de descanso e alívio que se tem ao perdoar, assim como não há fadiga mais desagradável do que a produzida pelo rancor. Vale a pena perdoar, mesmo que seja só por interesse, porque não há terapia mais libertadora do que o perdão.
Não é necessário pedir perdão ou perdoar com palavras. Muitas vezes, basta um cumprimento, um olhar benevolente, uma aproximação, uma conversa. São os melhores sinais de perdão.
Às vezes, acontece o seguinte: a gente perdoa e sente o perdão, mas, depois de algum tempo, renasce a aversão. Não há porque assustar-se. Uma ferida profunda precisa de muitos curativos. Temos que tornar a perdoar mais vezes, até a ferida ficar curada de uma vez. - Ignacio Larrañaga, Encontro 2010, pp. 155-156.
O meu olhar. O olhar do outro. O olhar profano. E o místico. Feminino e masculino. Olhares apaixonados. Outros, razão pura. Todos, restritos. Poucos se aproximam do Infinito. São nossos olhares, distintos olhares sobre o mesmo Universo. Porque "agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido" (1Cor 13, 12).
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