O amor-próprio é cego e suicida: prefere a satisfação da vingança ao alívio do perdão. Mas loucura é odiar: é como armazenar veneno nas próprias entranhas. O rancoroso vive uma eterna agonia.
Não existe no mundo nenhuma fruta mais saborosa do que a sensação de descanso e alívio que se tem ao perdoar, assim como não há fadiga mais desagradável do que a produzida pelo rancor. Vale a pena perdoar, mesmo que seja só por interesse, porque não há terapia mais libertadora do que o perdão.
Não é necessário pedir perdão ou perdoar com palavras. Muitas vezes, basta um cumprimento, um olhar benevolente, uma aproximação, uma conversa. São os melhores sinais de perdão.
Às vezes, acontece o seguinte: a gente perdoa e sente o perdão, mas, depois de algum tempo, renasce a aversão. Não há porque assustar-se. Uma ferida profunda precisa de muitos curativos. Temos que tornar a perdoar mais vezes, até a ferida ficar curada de uma vez. - Ignacio Larrañaga, Encontro 2010, pp. 155-156.
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