quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

BELLA ITALIA - LA FINE DEL VIAGGIO

 

DA LUCCA A MILANO - DA MILANO AL BRASILE

Terminado o passeio a Cinque Terre, retornamos de La Spezia para dormir uma última noite no Villa Lucrezia em Lucca.

Logo cedo, estaríamos sulle strade italiane in direzione Milano, per circa tre ore.

O voo Malpensa-Guarulhos estava confirmado para as 13 horas do dia seguinte, 30 de maio.

Depois de um bom trecho de estrada, paramos em Piacenza, a cerca de 63 quilômetros de Milano. Parecia ser uma boa cidade para almoçar. Era entre uma e duas horas da tarde. 

Foi lá que vivenciamos la chiusura del pomeriggio, algo muito comum nas cidades pequenas. Piacenza parecia uma cidade fantasma, pura calmaria, com repartições públicas, restaurantes, o comércio fechados e gente voltando para casa, não necessariamente para tirar uma soneca, mas almoçar com a família, cuidar dos filhos, do cachorro. 

Para nós, turistas desavisados, foi um problema. Saímos de lá quase cinco da tarde, também porque o Danilo, que fora estacionar o carro, teve dificuldade de voltar até onde estávamos e não encontrava viva alma para orientá-lo.

Chegamos à Osteria della Pista, um hotel próximo ao aeroporto, à noite, pois a estrada estava congestionada de veículos e motos. Só tivemos tempo de levar as malas para os quartos, tomar um banho e descer para o nosso último jantar em solo italiano, de despedida. Foi um fechamento gastronômico com chave de ouro, pela qualidade da comida deliciosa e pela beleza do restaurante da Osteria.

Il 30 maggio siamo partiti per il Brasile.

Acomodada no assento do avião, ho sentito il mio cuore spezzarsi. Um pedaço ficara em Polignano a Mare, outro em Lucca.

Ainda não conseguia acreditar em todas maravilhas que havia visto e nas indescritíveis emoções que havia sentido.  

Apesar da saudade dos meus queridos que haviam ficado no Brasil, da vontade louca de revê-los e abraçá-los, eu tinha ímpetos de levantar daquele assento e voltar correndo pra aqueles lugares onde havia deixado meu coração. 

Aquela não havia sido uma simples viagem turística, era a realização de um sonho, um sonho que meu pai e meu avô, ao contarem as histórias delle loro città, ainda que, muitas delas, frutos da imaginação, haviam partilhado comigo e inculcado de tal maneira em minha mente e coração que, ao me deparar com elas, a imagem e presença deles era tão forte e palpável que, para mim, eles estavam ali comigo. 

Ainda agora, scrivendo quest'ultimo atto, a emoção me invade, me arrepia e as lágrimas correm livres, como quando eu estava lá. 

Lembrei-me da voz da Maysa, cantando “... Ah, vontade de ficar, mas ter que ir embora...”, ao fechar os olhos na decolagem. 

Naquele momento, fiz uma promessa a mim mesma e um último pedido a Deus, que já havia me presenteado com tantas bênçãos (mas Deus pode fazer muito mais do que aquilo que pedimos ou pensamos). 

Que me permitisse voltar, dessa vez pra ficar, pra que, enquanto me restar um fôlego de vida, eu possa descobrir ainda mais belezas e emoções dessa terra, della mia bella e amata Italia, la terra di miei antenatti, dove ho lasciato il mio cuore.

Pesquisa e texto: LIC

Fonte e texto final: Maria Ana Centrone Santini

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