Vivemos uma época de crise que se distingue pela sensação de vazio existencial ou perda do sentido da vida. Por isso, estamos necessitados de transcender-nos continuamente, de dar passos para a frente.
Transcender-se é ir além; superar de alguma maneira as próprias fronteiras e limites pessoais. O ser humano não é uma entidade acabada; é um devir, um estar fazendo-se na contingência. A questão é abrir-se cada vez mais à dimensão da profundidade, como dizia Goethe: “A divindade atua no vivo, no que se torna e muda, não no consolidado e inerte”.
Normalmente, as Igrejas são as encarregadas de manter viva e crescente essa transcendência, mas elas se transformaram, como diz Balducci, em ideologias sacras, com uma linguagem em desuso que não nos diz nada. Isso explica o desencanto crescente e a tendência a desfazer a filiação a essas Igrejas.
Em contrapartida, surgem por toda parte seitas, ofertas e propostas de todas as espécies – sinal evidente de que infinitos finitos da sociedade consumista não podem saciar um poço infinito. Só um Infinito pode enchê-lo.
Em contrapartida, surgem por toda parte seitas, ofertas e propostas de todas as espécies – sinal evidente de que infinitos finitos da sociedade consumista não podem saciar um poço infinito. Só um Infinito pode enchê-lo.
Por isso, vai chegar – e já está chegando! – uma nova era de fome de Deus, uma busca ardente e profunda do Deus vivo e verdadeiro. - Ignacio Larrañaga, As Forças da Decadência 2005, pp. 30-31.
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