quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Em busca do sentido perdido

   Vivemos uma época de crise que se distingue pela sensação de vazio existencial ou perda do sentido da vida. Por isso, estamos necessitados de transcender-nos continuamente, de dar passos para a frente.
   Transcender-se é ir além; superar de alguma maneira as próprias fronteiras e limites pessoais. O ser humano não é uma entidade acabada; é um devir, um estar fazendo-se na contingência. A questão é abrir-se cada vez mais à dimensão da profundidade, como dizia Goethe: “A divindade atua no vivo, no que se torna e muda, não no consolidado e inerte”.

Normalmente, as Igrejas são as encarregadas de manter viva e crescente essa transcendência, mas elas se transformaram, como diz Balducci, em ideologias sacras, com uma linguagem em desuso que não nos diz nada. Isso explica o desencanto crescente e a tendência a desfazer a filiação a essas Igrejas.  
   Em contrapartida, surgem por toda parte seitas, ofertas e propostas de todas as espécies – sinal evidente de que infinitos finitos da sociedade consumista não podem saciar um poço infinito. Só um Infinito pode enchê-lo.
   Por isso, vai chegar – e já está chegando! – uma nova era de fome de Deus, uma busca ardente e profunda do Deus vivo e verdadeiro. - Ignacio Larrañaga, As Forças da Decadência 2005, pp. 30-31.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por sua visita. Para preservar a integridade deste Blog, todas as mensagens serão lidas antes de serem publicadas.
Se você gostou do conteúdo deste Blog, compartilhe.