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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Indivi(dualidade)

   Ainda que os dois esposos se incendeiem no frenético redemoinho de um amor apaixonado, nunca sucederá que os dois sejam um, por mais bela e reiterada que seja esta expressão, porque o amor é unificante, porém não identificante.
   Dizem os amadores que, na marcha geral da experiência erótica, o clímax mais unificante é o momento em que os dois corpos e as duas almas se entregam ao frenesi vertiginoso do prazer, em que se esvaneceu toda individualidade e ficou somente reinante uma única realidade na que se fusionaram dois corpos em um corpo e duas almas em uma alma.
   Porém, esta descrição não deixa de ser enganosa; a verdade certa é outra: ainda que no ápice de semelhante êxtase, ele é ele, e ela é ela. - Ignacio Larrañaga, O Casamento Feliz 2001, p. 11.

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