Certo dia...
Assisti, pela segunda vez, "Primavera, Verão, Outono, Inverno...e Primavera".
Até então, só a beleza da fotografia me impressionara.
Mas, daquela vez, o nome do filme chamou particularmente minha atenção, pois me sugeriu o movimento do Universo em um moto-perpétuo.
Estou estudando cosmologia e a mecânica celeste, aparentemente, se movimenta em um moto-contínuo, com tudo funcionando perfeitamente e ainda produzindo energia em grande quantidade.
O sol, a lua, as galáxias, os planetas percorrem sempre a mesma órbita. Os anos, os meses, as semanas, os dias e as horas se sucedem sempre iguais.
Os lobos devoram cordeiros. As aves voam e as serpentes rastejam.
O bem-te-vi canta sempre o mesmo canto. A macieira sempre dá o mesmo fruto.
Na Primavera, chegam as andorinhas e, no Outono, elas partem.
Os animais e o ser humano se multiplicam sempre da mesma forma.
O sangue que circula no meu corpo percorre sempre o mesmo caminho.
O que vive se repete continuamente dentro de padrões numa lealdade inconsciente ao Princípio, ad aeternum.
Fui direto à fonte original para saber o por quê de tanta mesmice.
"A repetição gera convicção", foi a resposta.
Mas por que ainda não estamos convictos de que tudo está bem, de que é assim que tem que ser?
Adão e Eva tem uma desculpa desculpável: tinham acabado de chegar no Jardim do Éden, tiveram tudo isso por só uma vez.
Mas e nós? Estamos nessa mesmice há cerca de 2 milhões de anos. Por que ainda não nos convencemos que depois da Primavera, Verão, Outono e Inverno... vem a Primavera outra vez?
Acho que estamos confusos sobre o que pode nos tornar felizes.
Assista ao filme.
LIC
Texto para refletir...
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