terça-feira, 23 de julho de 2024

MARIA, DE MAGDALA

 

Em 22 de julho se festeja liturgicamente o grau de importância para toda Igreja de Maria de Magdala, ou Maria Magdalena, por seu testemunho de fé em Jesus de Nazaré, o Messias (Māšîaḥ em hebraico), o Cristo (Christós em grego) para os cristãos.

Mas quem foi essa Maria, do povo de Israel, cujo nome deriva do lugar onde se supõe que ela nasceu e viveu parte de sua vida?

Recebi mensagens pelo whatsapp nessa data e um post que me impressionou particularmente acentuava suas palavras aos Doze: "Vi o Senhor! E ouvi o que ele me disse".

O que ela viu?

Os evangelhos atestam que Maria viu e, por ter visto, anunciou a vida a partir de um sepulcro, a ressurreição de Jesus de Nazaré.

Esse acontecimento, que é o mais importante do cristianismo, surpreende por ter sido testemunhado por uma mulher.

Maria viveu durante o Império Romano (último período da civilização romana), que durou cinco séculos, num ambiente patriarcal, como foi quase toda a Antiguidade, onde as mulheres tinham pouco protagonismo.

Apenas no primeiro século do cristianismo, Hipólito, bispo de Roma (170-235), aclamou Maria de Magdala apóstola.

Um reconhecimento tardio a quem esteve ao lado de seu Rabuni (Mestre) nos momentos fundamentais de sua vida até as últimas consequências, com uma confiança inabalável em seus ensinamentos de paz, alegria e fraternidade.

LIC

P.S.: Maria de Magdala, em nenhum trecho dos evangelhos, é apresentada como prostituta, mas o papa Gregório (590-605) a confundiu com a "pecadora anônima" que ungiu os pés de Jesus (Lc 7, 36-50), possivelmente por questões fora do âmbito da fé.

Em 1969, o papa Paulo VI lhe devolveu sua dignidade.

Fonte: Minicurso online "Maria de Magdala: apóstola dos apóstolos", irmã Aila Pinheiro, nj

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