quinta-feira, 4 de julho de 2024

PREGUIÇA

Faz algum tempo, vi um bicho-preguiça ao vivo e em cores.

Não exatamente em cores porque ele é monocromo: marrom desbotado.

O nome tem a ver com o metabolismo muito lento do seu organismo. Eles podem levar semanas para digerir algo que outro animal do seu porte faria em questão de horas. E se movem sete centímetros por segundo, mais devagar que uma tartaruga! E dormem cerca de 14 horas por dia! E descem da árvore para fazer suas necessidades fisiológicas uma vez por semana.

"Deus me livre ser como ele!", foi meu pensamento imediato.

Claro que eu não estava pensando em ser bicho e desbotado.

Ser preguiçoso é que eu não quero ser, com aquele rosto sonolento de bicho-preguiça.

Pra todos os outros meus pecados eu tenho ótimas desculpas, mas pra preguiça não preciso. Não sou.

Eu raramente faço absolutamente nada. E, se é pra hoje, faço agora. Não procrastino.

O ócio me dá preguiça.

Por que será que a preguiça não corre nas minhas veias mesmo sabendo que ela é o melhor dos 7 pecados capitais, pois impede que se cometa os outros seis?

Nas sessões de terapia, já vasculhei meu inconsciente pra saber da ancestralidade da minha diligência. Não, não é diligência de faroeste, aquelas carruagens movidas por cavalos no Velho Oeste americano.

É diligência “virtude”, o antídoto da preguiça, pois cada um dos 7 pecados capitais tem seu contrário.

Quando ouço, em velório, alguém dizer “morreu, agora descansou”, me arrepio. Fico imaginando o falecido deitado em uma nuvem branca lá no firmamento, "descansando" pela eternidade ao som de harpas, na companhia de anjinhos voando de um lado para o outro.

Não, eu não aguentaria. Decididamente, assim que chegar na Porta de São Pedro, apresento meu currículo.

LIC

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