segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Uma doce enfermeira

[...] Nos momentos decisivos, estamos sós. [...]
   Há momentos em que nada nem ninguém é capaz de nos consolar. A desolação alcança níveis demasiado profundos: nem amigos nem parentes nem os que nos amam podem chegar a essa profundidade. Às vezes, há situações indescritíveis e mesmo indecifráveis para nós mesmos; não se sabe se é solidão, frustração, saudade, vazio ou tudo junto. Só Deus pode chegar até o fundo desse abismo.
   Não há alma que não tenha feito esta experiência: estando nessas condições, de repente, sem saber como, sente uma profunda consolação, como se um óleo suavíssimo tivesse sido derramado sobre as feridas. Deus desceu sobre a alma ferida como uma branca e doce enfermeira. - Ignacio Larrañaga, Mostra-me o Teu Rosto 2011, p. 239-240.

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