É como a penumbra que desliza imperceptivelmente para dentro dos aposentos interiores na hora do crepúsculo: por não ser luz, não é amada; por não ser escuridão, não é temida. Passa despercebida.
Não é carcinoma nem vírus. Não aparece tipificada em nenhum quadro patológico. Os profissionais não a conhecem, ou pelo menos não se preocupam com ela. Por isso ninguém estuda sua etiologia nem procura remédios para combatê-la. Não se mete em aventuras nem se envolve em escândalos. Passa tão despercebida que ninguém se assusta nem com a sua sombra.
É a rotina.
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