Não há especialista que possa salvar-me com suas análises e receitas. A “salvação” é a arte de viver, e a arte aprende-se vivendo: ninguém pode viver por mim ou no meu lugar. Não há profissional ou mestre que seja capaz de infundir no discípulo coragem suficiente para jogar-se pela ladeira da salvação; é o próprio discípulo que precisa tirar de seu fundo ancestral as energias elementares para atrever-se a enfrentar o mistério da vida com todos os seus desafios, exigências e ameaças.
É a própria pessoa que pode e deve salvar a si mesma, para adquirir a tranquilidade da mente e o gozo de viver.
Para isso, tem que começar acreditando em si mesma e tomando consciência que todo ser humano é portador de imensas capacidades que, normalmente, estão adormecidas em suas galerias interiores; capacidades pelas quais o homem pode muito mais do que imagina, se as despertar e trouxer para a luz. Além disso, ele dispõe de sua mente, grávida de forças positivas a que pode dar livre curso.
[...] No fim, não tenho outro “salvador” senão eu mesmo. - Ignacio Larrañaga, Sofrimento e Paz 2013, pp. 19 e 21.
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