Era uma vez um círculo em que faltava um pedaço. Um grande triângulo tinha sido cortado de sua borda.
O círculo queria voltar a ser inteiro, sem que lhe faltasse nada.
Assim, saiu à procura do pedaço que lhe estava faltando. Mas, por estar incompleto, só conseguia rodar muito devagar enquanto ia rolando pelo mundo.
E porque rolava devagar, admirava a vida pelo caminho. Conversava com as pessoas. Gozava o brilho do sol.
Ele encontrou uma porção de pedaços, mas nenhum deles servia. Alguns eram muito grandes, outros pequenos demais. Alguns eram muito redondos, outros muito pontudos.
Assim, foi deixando todos pelo caminho e continuou procurando.
Um dia, no entanto, ele encontrou um pedaço que servia perfeitamente. Ficou muito feliz. Agora podia estar inteiro, sem nada faltando.
Incorporou o pedaço que lhe faltava e começou a rolar.
Agora que era um círculo perfeito, podia rolar muito rápido, rápido demais para notar o sol, rápido demais para conversar com as pessoas e admirar a vida.
Ao se dar conta de como o mundo lhe parecia diferente, agora que rolava tão rapidamente, ele parou, deixou o pedaço que havia encontrado na beira da estrada e começou a rolar devagar para longe, à procura pelo pedaço que faltava.
Source: The missing piece, by Shel Silverstein
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