Entre nós, funcionam as leis da proporcionalidade: dou-lhe tanto, você me dá tanto. Por tantas horas de trabalho, você me paga tal salário. A tal causa, tal efeito. A tanta ação, tanta reação. Leis de proporcionalidade, cálculos de probabilidade, constantes psicológicas.
Na vida com Deus não acontece nada disso. Ninguém pode questioná-Lo perguntando:
- Senhor, como a este que trabalhou duas horas estás pagando igual àquele que completou dez horas?
Deus responderá:
- O que dei a este pelas duas horas de trabalho não foi um salário, foi um presente. O que dei àquele que trabalhou dez horas não foi um salário, foi um presente. E do que é meu, posso fazer o que considero conveniente. É bom que vocês saibam que neste meu Reino nada se paga porque nada se ganha. Neste meu Reino funciona um só verbo: o verbo dar. Tudo é dom, tudo é dádiva. E na órbita de vocês, um só verbo: o verbo receber. Tudo é presente, tudo é Graça. - Ignacio Larrañaga, Oficinas de Oração e Vida (TOV), 1984.
O meu olhar. O olhar do outro. O olhar profano. E o místico. Feminino e masculino. Olhares apaixonados. Outros, razão pura. Todos, restritos. Poucos se aproximam do Infinito. São nossos olhares, distintos olhares sobre o mesmo Universo. Porque "agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido" (1Cor 13, 12).
Muito bonito e verdadeiro! Obrigada por compartilhar. Beijos, Cláudia
ResponderExcluirGraças a Deus!
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