Escrevo este livro no último ano do século 20, um século que arrasta consigo uma gigantesca carga de sangue, fogo, destruição, paixões, ambições, lágrimas, gritos, morte, guerras com milhões de mortos, milhões de mutilados, povos arrasados, cidades incendiadas... e, com o século, termina o milênio.
Meu Deus, que vibração sideral nestes mil anos. Quantos mundos emergiram e submergiram! Muito em breve a noite cobrirá tudo com seu silêncio, e tudo ficará submerso no escuro seio do que já passou, no oceano do contingente e do transitório.
Gostaríamos de reter os momentos agradáveis – que ilusão! –, de eternizar os acontecimentos brilhantes, mas estamos comprovando que tudo nos escapa e se desvanece. Aqui não fica nada. - Ignacio Larrañaga, A Arte de Ser Feliz 2012, p. 31.
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