segunda-feira, 12 de maio de 2025

AMANHÃ SERÁ MELHOR

 

O outono nunca falha em se tornar inverno!

O dia amanheceu um dia frio! Acordei e decidi. Hoje, nada vai me derrubar porque pretendo ficar deitada o tempo todo.

Dito e feito, mas não sem remorso. Às vezes, eu me cobro tanto que vou levar boletos para pagar na eternidade.

Eram nove horas da manhã, eu continuava na cama, encolhida, em silêncio, com mil pensamentos revoando e se trombando.

A campainha tocou. Rapidinho me ajeitei pra não causar assombro em quem estava do lado de lá. Meu cabelo se revolta à noite e, como minhas fronhas não são de cetim, amanheço com o rosto amassado.

Era minha vizinha de andar com um saquinho de sal grosso mesclado de flores secas de camomila, alecrim e perfume de lavanda, uma dose abreviada do seu ganha-pão pós aposentadoria: escalda-pés.

Agradeci, convidei para entrar e tomar um café. Agradeceu sem aceitar. Disse que tinha mais algumas para entregar.

Assim que fechei a porta, entrou na minha mente um pensamento intrusivo, daqueles que surgem de repente e de forma indesejada, sabe? Aqueles que a gente não tolera dizer nem a si mesmo. “Estratégia de marketing”, ajuizei.

Minha herança judaico-cristã me censurou de imediato. Que necessidade de julgar as pessoas constantemente! O ser humano (eu também, né?!) se acostuma a julgamentos e opiniões sem fundamento que, geralmente, não correspondem à realidade.

Já tratei disso com meu terapeuta. Nosso cérebro precisa ter um conceito formado sobre tudo. Se não tem, ele “inventa”, ele me explicou.

De imediato, lembrei do papa Francisco. Quanto se “inventou” sobre ele! Desde o primeiro dia de seu pontificado, surpreendeu o mundo pedindo “Rezem por mim” e, ultimamente, acrescentava “a favor”. Sabia o que falavam a seu respeito, mesmo nos bastidores da Igreja.

Em 21 de abril, ele encontrou seu divino juiz. Eu também o encontrarei.

Deus me livre que Deus já tenha um conceito formado sobre mim. Como – acho eu – ainda tenho um tempinho por aqui, pretendo melhorar. Prometo, Senhor!

E já sei o que aconteceu, onde foi que eu errei. A Lúcia Galvão disse que a Helena Blavatsky disse que o corpo na cama já acordado é laboratório de péssimas formas mentais sobre as quais não se tem controle.

Sem saber dessa sabedoria blavatskyana, minha avó me dizia para não ficar na cama à toa, “a cabeça é fábrica de coisa ruim, menina”.   

Pois bem... agora, conhecendo a causa e o efeito, amanhã pulo da cama assim que abrir os olhos, mesmo que seja no sacrifício.

Vida que segue. 

Habemus Papam! Rezemos por ele... a favor.

 LIC


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