segunda-feira, 4 de novembro de 2024

BELLA ITALIA - UNDICESIMO ATTO

 

A REGGIA DI CASERTA

Era uma vez um rei chamado Carlos Sebastián de Borbón y Farnesio. 

Ele era moreno, com um rosto magro e um nariz saliente. 

Reinou como Carlos III na Espanha, como Carlos VII em Nápoles e como Carlos V na Sicília.  

Historiadores contam que Carlos de Borbón foi um monarca de grandes feitos, alguns bem sucedidos, outros nem tanto.

Naquele 20 de maio, saindo de Nápoles em direção a Roma, nós visitamos um de seus ambiciosos projetos: a Reggia di Caserta, que Carlos não viu terminado e onde jamais morou, pois teve que partir de Nápoles para ocupar o trono espanhol por morte do seu irmão, Fernando VI.

Caserta è un comune italiano, capoluogo dell'omonima provincia in Campania, a circa 36 chilometri da Napoli.

Reggia di Caserta (Palácio Real de Caserta) é uma impressionante obra-prima arquitetônica do século XVIII, um complexo monumental que inclui o Palácio Real (com 47.000 metros quadrados), o Parque Real, o Bosque de São Silvestre e o Aqueduto Carolino.

Carlos de Borbón pensou construir um palácio que competisse com outros palácios reais europeus, como o de Versalhes, mas principalmente como um centro administrativo, político e cortesão, distanciando a corte da agitação de Nápoles, com todos os progressos urbanísticos da época, combinando beleza e funcionalidade, e que simbolizasse o poder real. 

Por mais que eu escreva sobre essa maior residência real do mundo, declarada patrimônio da humanidade pela Unesco, não conseguirei esgotar suas maravilhas.

Reggia di Caserta é uma paragem imperdível para quem visita a Itália, onde história e arte se encontram num ambiente majestoso.

Após a II Guerra Mundial, o Palácio foi restaurado e aberto ao público como um museu vivo (todo mobiliado e decorado) autônomo do Ministério da Cultura da Itália que recebe visitantes o ano inteiro, inclusive de estudantes italianos por sua importância cultural e histórica.

Fizemos um longo passeio guiado de quadriciclo, por mais de duas horas, pelo Parque Real e seus jardins, que ficam na parte de trás do Palácio.

São mais de 123 hectares, divididos em estilo italiano e inglês, com fontes, esculturas e uma espetacular cascata que se ergue no final da longa avenida principal. 

Passamos pela Floresta Antiga (Bosco Vecchio), onde se praticava a caça; pela Castelluccia, um lugar de jogos e diversão para os pequenos príncipes; pelo Jardim Inglês que tem estátuas trazidas das escavações de Pompeia e inúmeras espécies exóticas de todas as partes do mundo. Do Líbano, trouxeram um cedro que precisa de quatro pessoas para ser “abraçado”. Do Brasil, uma araucária e coqueiros. 

O Aqueduto Carolino, com 38 quilômetros, na parte final do Parque, servia e ainda serve para abastecer os jogos de água della Reggia e de todo o Palácio, como também para fornecer água para o território do entorno.

Danilo e Arianne hanno accompagnato un gruppo di studenti e il loro insegnante in una visita guidata all'interno del Palazzo, que tem 40 metros de altura, cinco andares, mais de mil ambientes, inclusive uma capela do tamanho de uma igreja, 1742 janelas e 34 escadas, uma delas com 117 degraus.

Santo cielo! Non sono riuscito ad arrampicarmi su nessuno di essi. 

Così Zé Antonio e io siamo rimasti al piano terra ad aspettarli.  Mi sono immaginata nei panni di Sissi l'imperatrice, mentre scendevo quelle scale.

À tardezinha, pegamos a estrada para Roma a 199 km de distância.

Texto e pesquisa: LIC

Fonte: Maria Ana Centrone Santini

domingo, 27 de outubro de 2024

BELLA ITALIA - DECIMO ATTO

Costiera Amalfitana

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. Pois isso é a pura verdade em se tratando da Costiera Amalfitana.

Este capítulo, portanto, terá mais imagens que texto. Ao longo do passeio, aproveitamos os mirantes para registrar com muitas fotos o que admiramos nesse dia.

Maravilhoso, impressionante, diferente, surreal, bucólico, impactante é como, insuficientemente, consigo traduzir a beleza dessa área de 50 km às margens do Mar Tirreno, ao sul da Itália, na região da Campânia.

Considerado patrimônio da Unesco, esse pequeno trecho nos presenteou com cenários naturais deslumbrantes adornados pelo mar de cores azuladas, enormes montanhas, pequenos vilarejos cheios de história e excelente gastronomia!

Percorremos a Costa de carro, pelas estradas estreitas, tortuosas e de mão dupla à beira das encostas e na companhia dei nostri già noti piloti italiani impazziti. Apesar do stress que isso provocou, não foi capaz de abalar minha alegria, minha felicidade, meu encantamento com esse trecho do nosso roteiro. 

Não descemos em Amalfi por dois motivos: meu cansaço, que me impediu, por algumas vezes, de subir, descer escadarias e ruas íngremes, e pela dificuldade de encontrar lugar para estacionar o carro.

Abbiamo visitato a piedi Positano e Sorrento, due delle tante belle città di questo pezzo di terra, montagna e mare benedetto da Dio.

Almoçamos em Positano e circolamo per le sue strade piene di negozi, ristoranti e gelaterie, entre muita, muita gente que disputava com muitos, muitos carros e ônibus os mesmos espaços geográficos. Nas ruas de Positano, dois corpos podem ocupar o mesmo lugar do espaço, contrariando uma das leis de Newton.

Sorrento é encantadora e charmosa, tanto que foi imortalizada nas obras de grandes artistas, como Byron, Goethe e Wagner. Como é uma cidade mais plana, andamos bem mais por lá. Até pudemos descansar e, sentados, admirar a praia que já víamos mais próxima.

O Zé Antonio visitou uma plantação dos limões da costa sorrentino-amalfitana com que se faz o famoso limoncello, um delicioso licor doce produzido pela infusão das cascas desse fruto em álcool. 

E, para coroar com requinte esse passeio, ao ver aquela Ferrari vermelha no estacionamento de um hotel por onde passávamos, não me contive. Encostei nela e tirei uma foto: “Sono a Sorrento e ho una Ferrari”. Quale gloria!

No final do dia, retornamos a Nápoles. Era la nostra ultima volta lì e abbiamo concluso con una vera pizza napoletana.

Texto e pesquisa: LIC

Fonte: Maria Ana Centrone Santini